Docentes e discentes da Escola EEB Virgílio Várzea, de Itaiópolis-SC, desenvolveram um meliponário com o objetivo de promover a Educação Ambiental da comunidade escolar. Inspirado pelas ideias do jovem Pedro Murilo Fallgatter de Souza, um aluno do 8º ano dos (anos finais do Ensino Fundamental), apaixonado pelas chamadas abelhas nativas, o meliponário se tornou um espaço dedicado à criação e estudo das abelhas sem ferrão.
Com a experiência do estudante em criar essas protagonistas em sua própria casa, estudantes do 3º ano do Ensino Médio, junto com o Professor Cristiano Cardozo (que leciona Biologia e Ciências na escola) e a professora Cássia Regina da Costa (que leciona Filosofia e cursou a disciplina de Justiça climática e responsabilidade, no primeiro semestre de 2024, no PPGF/PUCPR), decidiram unir forças em um projeto interdisciplinar. Esse projeto busca colocar em prática os conceitos discutidos em suas aulas, integrando Biologia e Filosofia. A Biologia nos ensina sobre a complexidade da vida desses insetos, sua organização social, relações ecológicas e suas estratégias de sobrevivência. Já a Filosofia, e também a Bioética, nos convidam a refletir sobre nossa responsabilidade em proteger essas espécies e preservar a biodiversidade.
Segundo os professores, as abelhas sem ferrão (ou meliponídeos) desempenham um papel fundamental no equilíbrio dos ecossistemas. Elas são polinizadoras eficientes, contribuindo para a reprodução de diversas plantas, incluindo muitas espécies de frutas e vegetais. Além disso, a produção de mel por essas abelhas é uma fonte de alimento e renda para comunidades locais. O meliponário também oferece uma oportunidade para explorar conceitos biológicos e filosóficos.
Além das caixas de abelhas produzidas pelos próprios estudantes, o espaço foi enriquecido com um jardim e objetos decorativos feitos de materiais recicláveis. Pode-se encontrar também murais coloridos com desenhos que explicam o desenvolvimento das abelhas, a polinização e frases de grandes pensadores, como Hans Jonas, filósofo alemão que destacou em sua obra a importância da ética ambiental e da responsabilidade intergeracional. O autor estudado nas aulas de Filosofia lembra que nossas ações afetam não apenas o presente, mas também o futuro das próximas gerações. Na entrada do meliponário, há também a imagem do Papa Francisco e uma citação da Encíclica “Laudato Si” chamando à ação para cuidar da “casa comum” que é nosso planeta.
Em resumo, o meliponário na Escola EEB Virgílio Várzea é um espaço valioso para aprender sobre a natureza, a Biologia das abelhas sem ferrão e a importância da Filosofia e da Bioética na preservação do meio ambiente. Essa experiência comprova como a obra de Hans Jonas pode ser inspiradora para educação ambiental. Que essa iniciativa inspire a sociedade a se envolverem na proteção da vida em nosso planeta!
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